Morreu aos oitenta anos o maestro Claudio Abbado.
Talvez o último de uma linhagem de notáveis maestros italianos que abordaram o reportório romântico e da primeira metade do Séc. XX, Abbado sempre colocou a música em primeiro lugar.
Tenho alguns discos dele, nomeadamente uma espantosa leitura da nona sinfonia de Mahler com a Berliner Philarmoniker, orquestra da qual foi maestro titular, cabendo-lhe a dura tarefa de substituir o carismático Herbert Von Karajan.
São também de referência as gravações dos concertos de Mozart com Maria João Pires, com quem colaborava regularmente.
São também de referência as gravações dos concertos de Mozart com Maria João Pires, com quem colaborava regularmente.
Claudio Abbado foi um grande defensor e divulgador da música contemporânea, desde logo dos compositores seus compatriotas Luciano Berio e Luigi Nono, mas também da música de Arnold Schönberg e da segunda escola de Viena.
Fundou e dirigiu inúmeras vezes a Orquestra de Jovens Gustav Mahler bem como a Orquestra de Jovens da União Europeia, e era grande o seu amor pelo ensino e pela passagem da sua arte às novas gerações.
Era visível a sua satisfação quando dirigia no Festival de Lucerna, do qual foi director durante a última fase da sua carreira. A sua felicidade passava para os músicos e destes, para os espectadores.
O mundo da arte e da cultura fica mais pobre e a sua falta será grandemente sentida.
Era visível a sua satisfação quando dirigia no Festival de Lucerna, do qual foi director durante a última fase da sua carreira. A sua felicidade passava para os músicos e destes, para os espectadores.
O mundo da arte e da cultura fica mais pobre e a sua falta será grandemente sentida.
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