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terça-feira, 12 de julho de 2016

BOOKS FEED YOUR MIND - XII WILLIAM SHAKESPEARE


  Um dos momentos-chave de qualquer enredo ficcional reside na caracterização física e psicológica dos personagens, pois é a partir daqui que o leitor vai estabelecer com estes, laços que perdurarão na leitura da obra e para além dela, sejam de simpatia, admiração, indiferença ou repulsa, consoante a intenção do autor.

  E conheço poucas caracterizações mais decisivas do que a abertura de "Ricardo III", de Shakespeare para causar essa primeira impressão ao leitor.

  Esta obra foi-me revelada quando estudava Direito Penal e o Prof. Doutor Faria Costa (hoje, Provedor de Justiça, e à época, assistente do Prof. Eduardo Correia) nos citou esta passagem, a propósito da Teoria da Culpa. 

  Devem os agentes que praticam crimes serem censurados também por aquilo que são ou em que voluntariamente se tornaram, ou apenas pelos actos que praticam sem conexão com a sua personalidade? Somos culpados por aquilo que somos ou por aquilo que fazemos?

  (A passagem segue no próximo post).

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